Festa nacional francesa: o que representa o 14 de julho na frança
14 de julho, dia da queda da Bastilha (chute de la Bastille, em francês)
A Festa Nacional da França, também conhecida como o Dia da Bastilha ou 14 de julho (14 juillet em francês ou chute de la Bastille), comemora a queda da Bastilha, que foi uma prisão política em Paris, em 14 de julho de 1789, e durante a Revolução Francesa. A queda da Bastilha foi um evento simbólico da revolta do povo francês no final do século XVIII, e foi crucial e determinante no movimento popular que levou à derrubada do Antigo Regime na França (quer saber sobre o Antigo Regime? Veja este livro na Amazon.
A atual Festa Nacional Francesa e principal feriado nacional francês é uma "continuidade" da Festa da Federação (Fête de la Fédération), que já ocorreu em 1790, logo no primeiro aniversário da tomada da Bastilha, em homenagem à determinação do povo parisiense e francês, em geral, durante os anos da Revolução Francesa.
Esta primeira celebração ocorreu no Campo de Marte (Champ de Mars), à época ainda distante do centro de Paris. Aos poucos, celebrar a data de 14 de julho tornou-se uma tradição política relacionada ao sentimento nacionalista vivido durante a chamada França Moderna, a França do século XIX.
14 de julho é feriado na França?
O 14 de julho tornou-se um feriado nacional na França em 1880, e desde então tem sido celebrado como um dia de orgulho nacional e de lembrança da luta pela liberdade, igualdade e fraternidade ("Liberté, Égalité, Fraternité"), os valores fundamentais da Revolução Francesa.
As celebrações da Queda da Bastilha em 14 de julho na França incluem um desfile militar na Avenida Champs-Élysées, em Paris, que é transmitido ao vivo pela televisão em toda a França (e você pode assistir pela Internet em canais do Youtube e redes de TV francesas), além de fogos de artifício, festivais de rua, música e dança em todo o país. É uma das poucas datas em que tem fogos de artifício perto da Torre Eiffel.
Onde ver fogos na Torre Eiffel no 14 de julho?
Uma boa idéia para ter um lugar romântico e confortável para ver os fogos de artifício é fazer um cruzeiro com jantar a bordo de um barco e navegar pelo Sena (Seine), eu já fiz este passeio romântico em Paris, veja aqui neste post. Você vai ter uma vista privilegiada das janelas ou do convés do barco longe da multidão, mas tem que lembrar que o show de fogos costume ser tarde, por volta das 22:00, informe-se com a empresa onde você escolher jantar, ou no site do Paris je t´aime (link abaixo)
Veja como foi a data no ano passado, e programe-se caso queira passar o 14 de julho em Paris este ano. No Site oficial de Turismo de Paris "Paris je t´aime" você vê maiores informações (em português): https://pt.parisinfo.com/eventos/paris-comemora-o-14-de-julho
Vídeo do 14 de julho, dia da Queda da Bastilha
Este vídeo lindo da Torre Eiffel com fogos de artifício é de 2014:
Além de comemorar a queda da Bastilha, o 14 de julho também é uma forte ocasião em que a França celebra sua cultura e identidade nacionais, bem como homenageia aqueles que servem ao país, como militares, bombeiros e policiais.
Os presidentes da Vª República acrescentaram algumas modificações às comemorações da data. Recuperando a tradição da Paris revolucionária, o Presidente Giscard d’Estaing criou o desfile das tropas entre a praça da Bastilha e a praça da República.
Durante a presidência de François Mitterrand, o 14 de julho de 1989 foi o momento alto da celebração do bicentenário da Revolução Francesa. Inúmeros chefes de Estado estrangeiros foram convidados a assistir, em particular, o espetáculo de Jean-Pau Goude intitulado "A Marselhesa".
Em 1994, soldados alemães do Eurocorps participaram do desfile nos Champs-Elysées, como um sinal de reconciliação.
Mas afinal, o que era a Bastilha?
A Bastilha (Bastille em francês) era uma prisão, e era considerada o símbolo do Antigo Regime. Como a maioria da população considerava o rei e seus aliados como responsáveis pelo caos vivido pela França no século XVIII, ao atacar a Bastilha o povo francês revolucionário enviava o recado de que o poder absoluto do rei e os privilégios dos estados superiores não seriam apenas questionados, mas destituídos.
O Rei da França em 1789 era Louis XVI (Luís XVI), e ele foi de fato deposto em 1792, e executado / guilhotinado em 1793. No mesmo ano, alguns meses depois, Maria Antonieta também foi julgada como traidora e perdeu a cabeça na guilhotina também.
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